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Engenheiro, qual é o seu espaço dentro do universo?

Atualizado: 28 de jul. de 2021

Desde os primórdios da filosofia e matemática, o universo sempre foi uma incógnita para os grandes estudiosos e pensadores que sempre colocavam uma pulga atrás da orelha dos seus sucessores: Quem somos e de onde viemos? O que há além do que nós vemos? Somos os únicos neste infinito?


A partir dos anos 50 a ciência vem avançando exponencialmente atrás de descobertas e questionamentos - muitas vezes, ainda, sem respostas - sobre o mundo e os outros lugares fora de nossa atmosfera, enquanto produz tecnologias de ponta objetivando ir cada vez mais além. Até que no ano de 1969 obtivemos não somente um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade, quando o engenheiro aeroespacial Neil Armstrong pisou na lua.

Atualmente, o ramo da engenharia espacial está extremamente avançado conquistando novas descobertas e respondendo a inúmeros questionamentos dos antigos pensadores. Mas para isso, há uma necessidade da mescla entre as áreas do conhecimento para avançar nos estudos. Dentre estas áreas, a Engenharia de Alimentos e Engenharia Química podem atuar diretamente com os estudos do universo.




Afinal, o que um Engenheiro Químico faz no espaço?


Ao lançar equipamentos e foguetes para fora de nossa atmosfera, muitas propriedades se alteram e se tornam extremas nesta nova ambientação. Para isto, a Engenharia Química, interligada com a de Materiais, promove a pesquisa de materiais que resistam a situações extremas, buscando sempre manter a sua eficiência e funcionalidade.

Para uma viagem espacial ter sucesso, é necessário avaliar os dos melhores propelentes - combustível e oxidante que vão no motor do foguete - e sua produção propriamente dita. Muitas vezes são utilizados hidrogênio, metano ou querosene como combustível e oxigênio como oxidante. Porém, esses devem estar em sua forma líquida, fazendo-se necessário o uso dos conhecimentos de termodinâmica e fenômenos de transporte para sua produção. Compete, assim, à Engenharia Química atuar neste processo.


E onde entra o papel de um Engenheiro de Alimentos no estudo do universo?


Outra questão importante em viagens longas, é a alimentação dos tripulantes. Pensando nisso, surgem diversos questionamentos: Como os astronautas se alimentam no espaço? A comida se conserva?

Para a tripulação, todos os alimentos devem ser embalados a vácuo com o objetivo de não haver degradação da comida com o tempo. Então, alimentos que não são perecíveis, como biscoitos, grãos e barras de cereais, são mantidos in natura. Entretanto, para os alimentos que podem estragar com o tempo, são necessários processos como desidratação - para leite, arroz, queijos - ou termoestabilização para carnes e molhos, que é um tratamento térmico e enzimático para prevenir a proliferação microbiana.

Portanto, em sua área do conhecimento, a Engenharia de Alimentos pode atuar no desenvolvimento de embalagens que suportam o tempo necessário de viagem sem se romper, assim como na avaliação e pesquisa dos processos de desidratação e termoestabilização, para facilitar o envio destes mantimentos aos tripulantes e manter a qualidade e nutrição destas pessoas.


Então eu, como engenheiro, posso trabalhar no espaço?


A SAEQA, neste ano de 2021, vai mostrar que a engenharia é um universo de possibilidades, expansiva e com um leque amplo de áreas de atuação. Nós, atuais ou futuros profissionais da Engenharia de Alimentos e da Engenharia Química, temos as competências para trabalhar nesses diferentes ramos, inclusive no estudo do Universo, tentando responder, juntamente com os demais profissionais, os questionamentos que ele ainda nos faz pensar.




Texto escrito por Lucas Degang.

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